Era uma vez um jovem chamado Dennys Guilherme. Menino simples, carismático, gostava de fazer rimas, jogar videogame.
Com 15 anos, implorou para deixá-lo trabalhar, pois queria muito ajudar financeiramente em casa, embora já ajudasse muito. Buscava o irmão no projeto e depois o levava pra escola. Ficava com o sobrinho de 4 anos cada vez que precisava. Ajudava na organização da casa. Era sempre espontâneo em ajudar.
Após uma semana de todos estes deveres cumpridos, ele se deu o direito de se distrair no Baile da Dz7 em Paraisópolis, em 01/12/19. Ali, foi encurralado e assassinado junto a mais 8 jovens. Assim terminou a existência daquele jovem tão amado e querido, não só pelos familiares, mas por todos que tiveram o prazer de conhecê-lo.
Era uma vez um amor vivido em que tínhamos sonhos e planos. Hoje, apenas saudades e indignação. E o peso de lembrar dele com tamanho pesar e dor. Um filho, um irmão, um amigo que, antes de virar “era uma vez”, só nos trouxe amor e alegria, paz e felicidade.
Era uma vez Dennys; eternamente Dennys; Denão para os amigos.
Era uma vez, antes da Polícia Militar do Estado de São Paulo enxergá- lo com um jovem periférico e transformá-lo em simplesmente saudade e indignação. Agora simplesmente mais um na estatística.
Era uma vez…
Dennys Guilherme dos Santos Franco, PRESENTE!
(Adriana, mãe de Dennys Guilherme)